Criado em Salvador em 17 de outubro de 1990, o Bando de Teatro Olodum se consolidou na cena brasileira por suas montagens e atuação político-artística trazerem em seu bojo a luta antirracista e a divulgação e fortalecimento da cultura negra.

Seus textos contribuem, ao longo dos anos, com a construção das identidades negras, seus projetos empoderam e capacitam artistas negros e negras, por meio de uma dramaturgia e linguagem cênica própria. A palavra “bando” traz em seu conceito a reunião de africanos escravizados com o objetivo de organizar a fuga para o quilombo, já “olodum” veio do bloco carnavalesco Olodum, reconhecido mundialmente por sua batida única e seu legado cultural.

A companhia tematiza a religiosidade, a dança, os ritmos, os instrumentos percussivos, a memória ancestral, a estética corporal, expressividade do corpo negro, e a manifestação oral peculiar. Todos esses elementos se somam a um engajamento racial que flerta com o humor e a ironia, no debate de assuntos de grande relevância pra comunidade negra, como a violência institucional, a discriminação, as desigualdades sociais, as violações de direitos fundamentais.

No Bando, o ator cria, expressa e eterniza seus personagens, em espetáculos gestados a diversas mãos. O improviso é uma de suas singularidades, conferindo autenticidade e criatividade por parte de todo elenco.

Dentre seus espetáculos de maior destaque estão: Ó Paí Ó, Cabaré da Rrrrraça, Erê e Áfricas