Ó Paí Ó
O curioso título “Ó Paí, Ó”, deriva da expressão popular das ruas de Salvador, uma corruptela de “Olhe para isso, olhe”. No palco, os personagens vivem um dia especial, a tradicional Terça-feira da Benção, quando a movimentação na área é ampliada, e também as alegrias e sofrimentos dos moradores de uma região estigmatizada e abandonada pelas autoridades. A realidade do Pelourinho Antigo é apresentada através desses moradores, que dividem o ambiente de um pequeno cortiço, tendo que enfrentar a intolerância de Dona Joana, a religiosa proprietária. São músicos, artistas plásticos, prostitutas, travestis, baianas de acarajé, proprietários de pequenos bares, associações comunitárias, blocos afros, enfim, personagens reais que, pouco a pouco, foram expulsos do local para dar espaço a um fictício shopping turístico a céu aberto. Tudo retratado com criatividade, consciência racial, humor e deboche, marcas definitivas das produções do Bando de Teatro Olodum.
Cabaré da Rrrrraça
Cabaré é uma revista musical, interativa e política, que antecipou muitos dos debates sobre racismo que hoje movimentam as discussões nas redes sociais e na sociedade como um todo. Temas como colorismo, preconceito reverso, racismo recreativo e termos e linguagens racistas que precisam ser abolidas estão em cena em Cabaré. O espetáculo foi criado por Márcio Meirelles e Bando de Teatro Olodum em 1997 e nesses quase 30 anos já foi visto por mais de 40 mil expectadores em mais de 300 apresentações, em palcos pelo Brasil, além de Portugal e Angola.
Erê
A montagem é inspirada no espetáculo “Erê pra toda a vida/Xirê”, criado pelo próprio Bando de Teatro Olodum, para participação no Festival Carlton Dance, em 1996. Com 16 intérpretes em cena, o grupo faz um apanhado das chacinas contra a juventude negra ao redor do Brasil, desde a década de 1990 até os dias atuais. A obra teatral tem concepção geral de Lázaro Ramos e direção geral de Onisajé e Zebrinha. A dramaturgia é assinada por Daniel Arcades, e a direção musical é de Jarbas Bittencourt
Áfricas
Um continente tratado sem clichês. Essa é a proposta do
espetáculo “Áfricas”, primeiro espetáculo infanto-juvenil do Bando. Com direção
de Chica Carelli e texto da mesma e do Bando de Teatro Olodum, a peça faz uma
viagem pelo universo tão pouco conhecido pela maioria das pessoas. O elenco,
composto por 16 atores e músicos, expõe, por meio de fábulas, permeadas pelo
canto e dança, o modo de ser das nações do continente esquecido. Em cena, os
integrantes revezam-se entre as falas, instrumentos e dança para ilustrar
contos mágicos e crenças.
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